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Adolescente de 14 anos mata irmão com tiro de espingarda em Palmeirais

O adolescente de 14 anos que atirou e matou o próprio irmão de 16 anos foi levado à Central de Flagrantes para prestar depoimento no início da tarde desta quarta-feira (23). O crime teria sido cometido para defender a própria irmã, uma criança de 12 anos, que também foi ferida no braço. Ao ser localizado pela Polícia Militar, ele chorou, demonstrou preocupação com a mãe e disse que não queria matar o irmão. 

“Matou pra defender a irmã que estava sendo enforcada. Após o tiro, ele saiu correndo assustado e o localizamos em um posto de saúde. Estava desesperado, preocupado com a mãe e com o irmão. Matou pra defender a irmã. Ele disse que se não atirasse, o irmão ia matar a irmã. Ele chorava muito”, contou cabo Fábio Santos.

“Foi uma briga corriqueira. A menina falou que estava fazendo a comida e ele começou a agredir ela do nada. O outro irmão viu aquela cena, dele enforcando a irmã, pegou a arma e atirou. Ele era violento, ao que parece usava drogas, e já investiu até contra a própria mãe”, contou o investigador Peruano, da Polícia Civil de Palmeirais.

Por volta de 13h30, o adolescente foi levado à Central de Flagrantes para prestar depoimento e foi liberado. Ele era considerado um bom garoto, inclusive, um dos melhores da sala de aula. A irmã de 12 anos e a mãe também compareceram à delegacia, bem como o Conselho Tutelar. 

De acordo com a Polícia Civil, as circunstâncias do caso apontam para legítima defesa. No momento do disparo, os irmãos estavam sozinhos em casa. A mãe havia saído para trabalhar e levado os outros três filhos. Sobre o pai- que já foi preso algumas vezes pelo crime de furto- não há informações. 

O agente da Polícia Civil informou que os pais devem ser responsabilizados, uma vez que na residência havia duas espingardas municiadas.

“O próprio pai comprou pra deixar lá e disse que era pra caçar. Mas isso não pode! deixar duas armas de fogo carregadas e só com crianças em casa. É uma responsabilidade”, explica Peruano. 

Após prestar depoimento, o adolescente e a irmã serão levados para fazer exame de corpo de delito.

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