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Vereador é preso acusado de encomendar a morte do próprio irmão

O vereador Manoel Carneiro de Figueiredo Neto, conhecido como Neto Carneiro (PL), de 39 anos, foi preso sob suspeita de envolvimento na morte de um homem em Quixadá, interior do Ceará. O inquérito policial alega que Neto Carneiro teria encomendado o crime como vingança pela morte de seu irmão.

Vereador Neto Carneiro (PL)Foto: Reprodução

Além do vereador, foram presos Carlos Henrique da Silva Flor, 30 anos, com histórico criminal por roubo a pessoa e tráfico de drogas; Francisco Felipe de Lima Nascimento, 21 anos, com registros por porte ilegal de arma de fogo; e um adolescente de 17 anos, com antecedentes infracionais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. O adolescente afirmou ter sido contratado pelo parlamentar para executar Danilo André Vieira, também conhecido como “Danilo Ventão”, de 36 anos.

O assassinato de Danilo foi registrado por câmeras de segurança de um posto de combustível. Os três adultos foram autuados em flagrante por homicídio doloso, enquanto o adolescente foi autuado por ato infracional análogo ao mesmo crime.

Os esforços para contatar a defesa do vereador e dos demais suspeitos não tiveram sucesso até a última atualização desta reportagem. O adolescente, em depoimento à polícia, relatou que o vereador Manoel Carneiro entrou em contato cerca de dois dias antes do crime para contratá-lo com o propósito de assassinar “Danilo Ventão”.

AtentadoFoto: Reprodução

Segundo o adolescente, o vereador buscava vingar a morte de seu irmão Edmar Carneiro, ocorrida em agosto de 2023, em um bar em Jatobá, Quixadá. Na segunda-feira, pouco antes do crime, Neto Carneiro informou ao adolescente que iria buscá-lo, pois sabia onde encontrar o alvo. Armado, o adolescente se encontrou com o parlamentar, que já estava acompanhado de outros dois homens no veículo.

O grupo se dirigiu ao posto de combustível onde a vítima estava. Ao chegarem, o adolescente e Francisco Felipe desceram e efetuaram os disparos em Danilo. Após o crime, os dois fugiram no veículo junto com o vereador. Durante a abordagem policial, foram apreendidas duas pistolas e 23 projéteis com o grupo.

Francisco Felipe, que teria atirado junto com o adolescente, alegou à polícia que Danilo seria o mandante do assassinato de um tio dele, motivando-o a cometer o homicídio. Segundo Felipe, há três dias, um homem na comunidade do Pirambu, em Fortaleza, o abordou, incentivando-o a matar Danilo, prometendo que ele e seus filhos não enfrentariam dificuldades financeiras. Em posse de uma arma, ele viajou até Quixadá para realizar o crime.

Em depoimento, Neto Carneiro contradisse o relato do adolescente, alegando que estava indo com seu tratador de cavalos, Carlos Henrique, verificar um animal em uma fazenda local. No entanto, afirmou que, durante o trajeto, foram abordados por dois homens armados, que entraram no veículo e o obrigaram a dirigir.

Segundo o vereador, a dupla anunciou um assalto ao chegarem ao posto de combustível, onde desceram e foram em direção a um hotel. Neto Carneiro, com medo de fugir, aguardou no veículo, pois os homens afirmaram saber onde ele morava. Quando retornaram, ele dirigiu em direção ao Centro levando os suspeitos.

Antes disso, o parlamentar alega ter passado por uma viatura policial, chegando a fazer sinal, mas não foi abordado. O tratador de cavalos, Carlos Henrique, negou envolvimento no crime, afirmando que estava na fazenda quando foi chamado pelo vereador para verificar os animais. Na frente de uma fazenda, os homens armados, que aguardavam o vereador, entraram no carro. Durante o percurso, questionaram para onde iriam, e os dois indicaram o posto de combustível. Próximo ao local, os homens exclamaram que Danilo estava ali e pediram para o vereador sair do local.

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